sábado, 18 de julho de 2009

Camisetas

Hoje recortei um stencil com o desenho que será a “bandeira” de nossa peregrinação, a Cruz Potente. Depois pintei as camisetas, brancas com desenho em preto, bem simples.

O stencil da Cruz Potente.


A camiseta da peregrinação!



quinta-feira, 16 de julho de 2009

Presente


Hoje o peregrino recebeu um presente inesperado -veja foto!- e muito bem-vindo!

Enviada com o intuito de proteger-me, vinda diretamente do Mosteiro São Bento em São Paulo, a medalha, já benta, certamente estará sempre junto ao peregrino durante a jornada!

Lílian Juliani, muito obrigado pelo presente e por seu apoio! Beijos e um forte abraço!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Espiritualidade?


A caminhada-treino de 35km da última madrugada foi catalista de algumas reflexões sobre o tema espiritualidade.

Além da poeira -e suas conseqüências- o cansaço físico acaba drenando as forças do peregrino, impossibilitando a devida contemplação das questões espirituais. Ainda assim, após a caminhada -que correu sem transtornos- fica claro que, sem a fé, seria impossível completar o trajeto. Mesmo um atleta bem preparado não se submeteria à dor, fadiga, e outros possíveis malefícios sem a força -espiritual, motivacional, real- da fé! Disso, não resta dúvidas ao peregrino.

Ao chegarmos em Aparecida do Norte (SP), cidade da Padroeira do Brasil, percebemos um certo descaso com a espiritualidade peregrina. A foto que posto hoje é bem ilustrativa disso...imagens descartadas, despedaçadas, entulhadas à calçada. Na entrada à cidade, sujeira e poças d'água ao ar livre -focos de infecção, dengue, etc. A Basílica, no entanto, é estupenda! Uma incrível exclamação de fé! O seu entorno, a cidade de Aparecida, porém, parece esquecida -ou prefere obter caridade do peregrino pela sua sujeira e má-conservação. Fica claro que a fé religiosa é um produto comercializável.

Realmente, em nosso país de contrastes, é preciso ter muita fé! E ser um peregrino observador, sem nunca esquecer o homem em Deus, e o deus no homem...


Poeira

Resolvemos fazer um treino mais puxado, e saímos à noite do dia 14 de julho para andar algo em torno de 35 quilômetros -área plana e asfaltada que corresponde justamente à parte final do Caminho da Fé (Pindamonhangaba-Aparecida). Não tivemos grandes contratempos com o caminho em si, porém a poeira me afetou barbaramente. Tossi sem parar até regurgitar, tive que improvisar uma máscara com um cachecol para que eu pudesse respirar -isso se deu em dois pontos específicos da estrada, na altura da cidade de Roseira e pouco antes de chegarmos a Aparecida. Nestes pontos da estrada havia uma poeira branca e muito fina. Fiquei bastante preocupado, pois eu esperava enfrentar qualquer problema externo, como obstáculos ou vencer alguma eventual dor nos pés -e no corpo-, como geralmente acontece com os peregrinos, mas algo como a falta de ar inviabilizaria por completo a peregrinação.

Tenho ainda algum tempo para procurar um médico e ver do que se trata essa minha súbita alergia e se há como saná-la...

domingo, 12 de julho de 2009

As águas

Hoje, em mais uma caminhada-treino, o crepúsculo presenteou-me com a bela imagem acima. Olhando para o Rio Paraíba, o peregrino -mais uma vez- foi perturbardo pelo provérbio popular :


Águas passadas não movem moinho.


Mesmo que desejássemos parar um momento, porque ele foi muito bom, isso não é possível. Tudo está em constante movimento, transformação. Heráclito já dizia que nunca se cruza o rio pelo mesmo lugar, mesmo que a nós assim pareça. A água já não é mais a mesma, tudo mudou -menos o desejo do homem de permanecer frente ao efêmero. Sim, Parmênides tentou. O peregrino também. Tentamos entender o mundo capturando um momento, na esperança de tirar energia infinita, eternamente renovável, de um momento estanque. Um dia de felicidade para dar movimento a uma vida inteira -que poderia ser infeliz!


Ao caminhar, mesmo que ainda treinando, o peregrino percebe que tudo muda. Quero que o bom dia permaneça...mas além de ser história, e ter influenciado o presente, que energia traz o passado? Águas passadas podem mover o moinho? Podem ser energia inesgotável? Tudo indica que Herácito de Éfeso tem razão -que não! O peregrino espera ter alguma epifania sobre o assunto durante a caminhada, contemplando os belos rios que a cruzam.